Curisity chega a marte e começa as pesquisas
O projeto de exploração de Marte da NASA
ganhou mais um capítulo na noite deste domingo (5) com a sonda Curiosity
pousando com sucesso no solo do planeta.
O veículo vai recolher dados geológicos de Marte.
A
Nasa, a agência espacial americana, confirmou na madrugada desta segunda-feira
o pouso da sonda Curiosity no solo de Marte. O projeto levou cerca de 10 anos
para ser concluído e custou US$ 2,5 bilhões. Somente a viajem ao planeta durou mais de oito meses.
O chefe da missão da Nasa que enviou a sonda Mars Curiosity
para Marte revelou a estratégia ousada para o pouso no planeta. Adam Steltzner
e a equipe da agência espacial americana criaram um plano para que o veículo de
exploração pouse em segurança.
Ao entrar na atmosfera, a sonda estava em uma velocidade muita alta. Um pára-quedas se abriu e diminuiu esta velocidade, mas ainda não era o bastante para que o veículo chegue à superfície em segurança.
Um radar analisa o local do pouso e o veículo se desprender dos pára-quedas, então ligam os foguetes e começam o pouso. A apenas 20 metros de altura, o veículo se soltou parcialmente da parte onde ficam os foguetes e ficou pendurado por um guindaste e, desta forma, o veículo de exploração tocou a superfície de Marte.
Ao entrar na atmosfera, a sonda estava em uma velocidade muita alta. Um pára-quedas se abriu e diminuiu esta velocidade, mas ainda não era o bastante para que o veículo chegue à superfície em segurança.
Um radar analisa o local do pouso e o veículo se desprender dos pára-quedas, então ligam os foguetes e começam o pouso. A apenas 20 metros de altura, o veículo se soltou parcialmente da parte onde ficam os foguetes e ficou pendurado por um guindaste e, desta forma, o veículo de exploração tocou a superfície de Marte.
O
pouso não foi nada simples, já que boa parte do processo ocorreu em velocidade
hipersônica (cinco vezes a do som) e passou por uma sequência que incluiu
manobras, pára-quedas, foguetes e até um guindaste na última fase, como viram.
Tudo automaticamente, já que um sinal de Marte até a Terra (e vice-versa)
demora 14 minutos.
Assim
que entrou na atmosfera de Marte, a nave enviou um sinal à Terra, ou seja,
quando os cientistas da Nasa receberam o aviso, a sonda já tinha chegado ao
solo havia quatorze minutos. Mas tudo foi monitorado em detalhes pelos
equipamentos a bordo da nave e esses dados vão ajudar em futuras missões.
As missoes
A expedição já está em sua terceira etapa, contando com
etapas anteriores feitas pelas sondas Spirit e Opportunity. A sonda Spirit
iniciou sua missão em 2004, tendo permanecido no planeta até 2009, fazendo
análises geológicas do terreno e reconhecendo o local. O veículo não tripulado
perdeu contato com a Terra no começo de 2010, mas ficou mais tempo em operação
no planeta do que o estimado pelos pesquisadores.
Já
o robô Opportunity chegou a Marte apenas três semanas depois do Spirit e partiu
em busca de indícios de existência de água. A missão, estimada para durar
apenas três meses, já dura oito anos com a sonda enviando fotografias para a
Terra de evidências de períodos úmidos e secos no planeta.

Também é de extrema importância que os cientistas consigam dados mais completos acerca da influência da água no desenvolvimento do planeta, assim como identificar as fases do ciclo que atualmente ocorre com a água que existe lá. Por fim, a Curiosity deve detectar níveis e fontes de radiação que existem na superfície – o que será essencial para que as respostas às perguntas anteriores sejam encontradas.
A primeira fase do projeto dura pouco menos de dois anos, mas a sonda deve ficar por mais alguns anos (estima-se uma década) rastreando a superfície de Marte. É com base nisso que os cientistas da NASA e diversos outros laboratórios poderão afirmar se realmente existiu vida em Marte. Isso seria essencial para encontrarmos a resposta para uma das perguntas mais antigas da humanidade: “Estamos realmente sozinhos?”.
Tecnologia de ponta
A Curiosity é a maior e mais bem equipada
sonda em Marte. São 10 instrumentos cientificos
que deixam o robô 10 vezes mais pesado e com o dobro do comprimento que a
Spirit e a Opportunity, lançadas em 2003.
Ao contrário das "irmãs" mais
velhas, a Curiosity é capaz de
colher (após pulverizar, triturar
e/ou "explodir" com um laser) amostras de solo e rocha e analisá-las
em um "laboratório" interno ou com suas muitas câmeras e
espectrômetros (equipamento que analisa o espectro eletromagnético).
De
acordo com o Laboratório
de Propulsão a Jato da NASA,
a sonda, que pesa uma tonelada, é capaz de percorrer até 200 metros por dia no
território e subir em elevações de até 65 metros de altura. O robô é alimentado
por um gerador radioativo com plutônio-238, que garante energia suficiente para
678 dias terrestres de exploração em Marte.
O
robô é equipado com uma câmera principal, formada por duas com resolução de 2
megapixels, e capaz de gravar imagens em três dimensões. Os 'olhos' do robô
ainda são capazes de gravar imagens em alta definição e toda vez que ele mudar
de localização, a equipe na Terra receberá uma imagem panorâmica do novo espaço
onde ele está.
Local
de Pouso
O
local onde a sonda pousou não foi escolhido ao acaso. A cratera Gale seria
um dos locais potencias para a existência de vida em Marte. Contudo, a sonda
não foi projetada para determinar se existe - ou existiu - vida no planeta, já
que não carrega instrumentos para registrar processos biológicos nem registrar
imagens microscópicas. A ideia é preparar o terreno para futuras missões com
esses objetivos e até para uma possível missão tripulada.
Um rápido resumo sobre os principais equipamentos e sobre a missão e as que virá
Para
fazer as análises do solo, a sonda é equipada com um laser de aquecimento,
capaz de derreter parte do solo a cerca de sete metros de distância, podendo,
junto com um telescópio de 110 mm, analisar os elementos químicos do solo.
Além
disso, o veículo possui uma câmera colorida que permitirá que os pesquisadores
apliquem zoom sobre as imagens de rochas e elementos do solo. A câmera foi
inspirada nas lupas utilizadas por geólogos, garantindo a visualização completa
do formato de cristais e rochas.
O
'laboratório' interno da Curiosity é o equipamento mais pesado do robô,
possuindo mais de 600 metros de fios e capaz de aquecer amostras a até 1,8
mil°C. O equipamento irá ajudar os pesquisadores a identificar os elementos
necessários para a existência de vida como carbono, hidrogênio, nitrogênio,
fósforo, oxigênio, enxofre entre outros.
O
robô também possui uma estação de monitoramento do clima e de temperaturas, um
detector de avaliação e monitoramento de radiação, que irá monitorar partículas
de alta energia como, por exemplo, supernovas. A radiação, por sua vez, pode
ser muito perigosa para expedições de astronautas.
O
local escolhido para a aterrissagem do robô foi a cratera de Gale, o principal
local na superfície do planeta capaz de conter indícios de existência de vida
(por ser um dos pontos mais baixos do planeta, acredita-se que possíveis rios
existentes no passado teriam arrastado sedimentos e materiais orgânicos para
lá).
A
missão do Curiosity visa preparar o terreno para futuras expedições que serão
capazes de determinar a existência de vida e até para uma missão tripulada em
um futuro próximo.
Segundo
o Space,
pesquisadores que participaram do projeto Viking I de 1976, experimento
pioneiro da NASA para identificar presença de vida no Planeta Vermelho, afirmam
que a nova sonda é a mais eficaz para trazer novos resultados para a pesquisa.
As câmeras em alta definição do robô deverão trazer novos dados que permitirão
uma reavaliação da pesquisa anterior.
Há
cerca de 36 anos, o Viking I injetou uma pequena porção de nutrientes
radioativos em um dedal cheio do solo de Marte e observou o aumento de gás
radioativo e, consequentemente, de metabolismo. O experimento conseguiu identificar
que no solo marciano existem reações biológicas efetivas, porém, depois de
muitos testes, os resultados de vida no território ainda são duvidosos.
Com
os dados que serão apresentados pela Curiosity ao longo do próximo um ano e
meio, a NASA e a agência espacial russa já disputam qual será o primeiro país a
enviar um astronauta para o solo de Marte. Acredita-se que a primeira missão
tripulada acontecerá até o ano de 2022, com expedições provisórias e até
definitivas para o planeta.
Matéria completa: http://canaltech.com.br/noticia/ciencia/Curiosity-e-a-sonda-mais-bem-equipada-para-explorar-solo-de-Marte/#ixzz23KwKxN11
7 equipamentos fantásticos
da sonda Curiosity
Nova sonda enviada para Marte
esbanja tecnologia e, com tantas ferramentas a bordo, mais parece um canivete
suíço.
Curiosity está
cheia de sistemas e ferramentas escondidos (Fonte da imagem: NASA)
Na última
segunda-feira (06), muitos brasileiros ficaram acordados até de madrugada para
assistir, ao vivo, a um dos eventos mais aguardados do ano: a chegada da sonda Curiosity ao planeta Marte. A partir de então, imagens e outros dados começaram a
ser enviados para a NASA e, consequentemente, compartilhados na internet com o público em geral.
Mas, analisando as
imagens ou vendo as notícias diárias sobre as pesquisas realizadas pela
Curiosity, talvez não seja possível perceber todos os equipamentos e
ferramentas que fazem parte da sonda. Por isso, preparamos uma lista com os
principais atrativos dessa máquina incrível. Confira!
1. Muitas câmeras
para a sonda curiosa
Todo mundo quer ver
imagens de Marte e, por isso, não podem faltar dispositivos capazes de capturar
essas imagens exclusivas para nós. No total, a sonda Curiosity possui 17
câmeras fotográficas de 2 megapixels, incluindo uma capaz de produzir vídeos em
720p e 10 fps, além de possibilitar fotografias panorâmicas de 360º.
Outra dessas
câmeras, conhecida como Mars Hand Lens Imager (MAHLI), pode tirar fotos macro
de minerais em locais de difícil acesso, além de o equipamento poder se
rotacionar e fotografar a própria sonda.
stração retrata
Curiosity usando a ChemCam (Fonte da imagem: NASA)
Como se não
bastasse, mais quatro câmeras acopladas nos cantos da sonda ajudam o
equipamento a montar um mapa tridimensional dos obstáculos do planeta, para
poder contorná-los ao se locomover. Somada a elas está a ChemCam, capaz de
vaporizar materiais com laser infravermelho e de analisar materiais com um
espectrômetro.
2. Detector de
Radiação (RAD)
Um dos primeiros
instrumentos da Curiosity a ser ligado foi o detector de radição conhecido como
RAD. Ele é importante não apenas para analisar a radiação da superfície
marciana, mas também para monitorar a alteração desses valores durante a viagem
de nove meses que realizou até o Planeta Vermelho. Além de contribuir para o
bom funcionamento do equipamento, esta também é uma maneira de estimar a
possibilidade de uma missão tripulada no futuro.
3. Gerador
Termoelétrico de Radioisótopos (RTG)
Assim como outras
sondas já enviadas para os confins do espaço, a Curiosity também funcionará,
durante os próximos dois anos, com a eletricidade fornecida por uma bateria
nuclear que conta com 32 esferas de dióxido de plutônio 238, cada uma do
tamanho de uma bola de gude.
4. Sistema de
Rejeição de Calor (HTS)
A sonda Curiosity
terá que lidar com temperaturas que vão de 30 ºC a -128,8 ºC, demonstrando que
o clima marciano é um bocado diferente do nosso. Para comparação, a temperatura
natural mais baixa já registrada na Terra foi de -89 ºC, na Antártida.
superfície de
Marte lembra um grande deserto, com temperaturas extremas (Fonte da
imagem: NASA)
Por isso, o
equipamento da NASA conta com um sistema de regulação térmica que ajuda a
Curiosity a manter-se na temperatura ideal. Na prática, esse aparato não é
muito diferente dos sistemas de refrigeração a líquido usados em PCs com
overclock.
A diferença é que,
como a superfície de Marte se assemelha a um deserto — muito quente durante o
dia e muito frio durante à noite —, o HTS precisa aquecer a sonda quando a
temperatura ambiente abaixa e refrigerá-la quando o sol se levanta e transforma
Marte em uma estufa.
5. Protegido contra
radiação
Aqui, na Terra, nós
e nossos computadores estamos seguros da radiação espacial, já que nossa
atmosfera ajuda a filtrar raios cósmicos e partículas solares nocivas. Mas, em
Marte, a situação muda. Por isso, com o propósito de evitar que a radiação
possa alterar o comportamento da sonda de alguma forma, todos os eletrônicos da
Curiosity possuem um sistema de proteção contra falhas. Se algum componente
pifar, outro entra em ação rapidamente.
6. Sistema de
comunicação via rádio
A sonda Curiosity
possui duas formas de se comunicar com a Terra. Uma delas é por meio de um
receptor de banda X de alto ganho e que pode se comunicar com a Terra com um
atraso de menos de 13 minutos, graças à distância que se encontra de nós.
Porém, também
existe a possibilidade de usar um sistema de rádio UHF para entrar em contato
com a aeronave que orbita o Planeta Vermelho e que serve como uma estação de
repetição do sinal.
7. CheMin e SAM
Uma das missões da
Curiosity é a de coletar rochas para análise do solo marciano. Depois de
coletar e esmagar essas rochas, a sona entrega o pó proveniente delas para a
análise de dois equipamentos muito importantes.
O primeiro deles é
o CheMin (abreviação de “Chemistry and Mineralogy”), que usa uma técnica
conhecida como difração de raios X. Assim, ao direcionar um feixe de raios X
sobre o pó de minerais, cientistas podem analisar o espectro resultante dessa
difração e deduzir mais propriedades sobre o solo.
A sonda possui
equipamentos que são uma espécie de CSI da química (Fonte da imagem: NASA)
O outro equipamento
essencial nessa missão é o SAM, considerado como o maior e mais complexo
equipamento que a Curiosity carrega. Ao colocar uma amostra no SAM, o
espectrômetro de massa do acessório determina, elemento por elemento, qual é a
composição química da amostra. Além disso, um cromatógrafo a gás é usado para
separar os diferentes compostos químicos e detectar compostos orgânicos que
possuem carbono.
Se a Curiosity
encontrar esses compostos orgânicos, tudo fica ainda mais interessante, já que
eles são os responsáveis pela criação dos blocos básicos que dão origem à vida.
Ou, melhor ainda, eles podem ser o que restou de vidas passadas que habitaram o
planeta.
Leia mais em:http://www.tecmundo.com.br/nasa/28231-7-equipamentos-fantasticos-da-sonda-curiosity.htm#ixzz23L1hYgfM
Mais cedo, mostramos que a NASA teve sucesso com o pouso da sonda Curiosity, que passará a próxima década explorando a superfície de Marte. Mas para que ela chegasse em segurança ao solo do Planeta Vermelho, foi preciso utilizar um sistema complexo e amplamente calculado de pouso. Qualquer erro nesse processo poderia causar a perda da sonda – que custou anos de pesquisa e construção, além de alguns bilhões de dólares.
A Curiosity entrou na atmosfera de Marte com uma estrutura de proteção acoplada (que também funcionava como um escudo de calor, para evitar o superaquecimento da sonda). A velocidade naquele momento era de cera de 20 mil km/h, sendo necessário utilizar a resistência do ar para a primeira etapa da desaceleração. Depois disso, ocorreu a ativação de um paraquedas especialmente produzido para a Curiosity.
Quando o paraquedas foi aberto, o sistema estava cerca de 11 quilômetros acima do solo e a velocidade no momento beirava os 1.500 km/h. Com a separação do escudo de calor, a estrutura fica mais leve e a velocidade baixa para 450 km/h.Como a atmosfera de Marte é pouco densa, apenas o paraquedas não é suficiente para deixar a sonda em uma velocidade segura. Por isso, é realizada a separação da carcaça (junto ao paraquedas) e da sonda, que utiliza propulsores para acelerar-se contra a gravidade e permitir que o pouso seja realizado com segurança, utilizando um "guindaste" para colocar a Curiosity em solo com o menor impacto possível. Tudo isso acontece em sete minutos, que são chamados pela NASA de “sete minutos de terror”.
recomendo assistirem o video: A Curiosity entrou na atmosfera de Marte com uma estrutura de proteção acoplada (que também funcionava como um escudo de calor, para evitar o superaquecimento da sonda). A velocidade naquele momento era de cera de 20 mil km/h, sendo necessário utilizar a resistência do ar para a primeira etapa da desaceleração. Depois disso, ocorreu a ativação de um paraquedas especialmente produzido para a Curiosity.
Quando o paraquedas foi aberto, o sistema estava cerca de 11 quilômetros acima do solo e a velocidade no momento beirava os 1.500 km/h. Com a separação do escudo de calor, a estrutura fica mais leve e a velocidade baixa para 450 km/h.Como a atmosfera de Marte é pouco densa, apenas o paraquedas não é suficiente para deixar a sonda em uma velocidade segura. Por isso, é realizada a separação da carcaça (junto ao paraquedas) e da sonda, que utiliza propulsores para acelerar-se contra a gravidade e permitir que o pouso seja realizado com segurança, utilizando um "guindaste" para colocar a Curiosity em solo com o menor impacto possível. Tudo isso acontece em sete minutos, que são chamados pela NASA de “sete minutos de terror”.
Mars Science Laboratory Curiosity Rover Animation
A primeira foto da Curiosity
Pouco depois da confirmação da chegada a Marte, também foi recebida uma fotografia que havia sido retirada do solo marciano. A imagem foi feita por uma câmera traseira – a mesma que será utilizada para garantir que não ocorra nenhum acidente com a Curiosity nos momentos em que ela estiver percorrendo o planeta.

Ainda trata-se de uma fotografia de baixa resolução, pois vai demorar cerca de uma semana até que a primeira imagem panorâmica em alta definição seja enviada até os computadores da NASA.
O rover Curiosity da NASA capturou um magnífico postal do Planeta Vermelho - um panorama a 360º e a cores que fornece um olhar das redondezas coloridas e aparentemente diversas do veículo.
O Curiosity, também conhecido como MSL (Mars Science Laboratory), aterrou com sucesso em Marte na manhã de Segunda-feira, e já enviou imensas fotos, incluindo imagens a preto e branco e a cores da paisagem marciana e um auto-retrato. Numa conferência de imprensa que teve lugar ontem, a NASA anunciou imagens e um vídeo do primeiro panorama a cores do Curiosity, um mosaico obtido no terceiro dia em Marte, que os cientistas referem como Sol 3.
A vista panorâmica mostra a própria sombra do Curiosity reflectida na superfície marciana, com uma banda escura de dunas à distância, e o limite da Cratera Gale ainda mais longe. Mais perto e à direita, podem ser vistas zonas cinzentas onde os motores do guindaste aéreo remexeram o chão. A grua aérea ajudou o Curiosity a diminuir de velocidade enquanto viajava desde a atmosfera marciana até à superfície do planeta. O impacto das plumas dos motores levantou material da superfície, deixando estas cicatrizes que os cientistas estão agora ansiosos por investigar.
"Tem havido muita discussão e muita ansiedade em saber a composição das rochas e para usar o nosso laser," afirma Dawn Sumner, cientista do MSL e professora de geologia na Universidade da Califórnia.
O panorama a cores foi composto usando 130 imagens com 144x144 pixéis cada. Nos próximos dias os cientistas deverão receber imagens de mais alta resolução para constituir um melhor panorama, afirma Michael Malin, investigador principal do sistema de imagens do Curiosity, o Mastcam. A imagem panorâmica também mostra as cores reais de Marte, embora um pouco mais brilhantes. "É o que a câmara enviou de volta, apenas aumentei um pouco o brilho," afirma Malin. "É o que o filtro básico mostra quando olhamos para Marte."
Os controladores da missão estão agora a preparar um procedimento com a duração aproximada de 4 dias, para actualizar o software do Curiosity a partir da Terra. Espera-se que esta transição comece amanhã (11 de Agosto), e vai trocar o foco da aterragem do rover para a operação na superfície marciana.
No entanto, durante a actualização do software as operações científicas vão ficar em segundo plano. Assim que a actualização termine, os cientistas planeiam estudar as características coloridas realçadas no panorama a cores do Curiosity. "Estamos muito contentes por haver muitas coisas para estudar," afirma Sumner.
No que diz respeito às diferentes cores na foto - a aparência escura, quase azulada, do campo de dunas, a poeira escura, a poeira avermelhada de Marte, e os pequenos seixos com tons mais claros - os cientistas esperam que o Curiosity consiga responder se estas diferenças também indicam diferenças na composição. "Não sabemos se têm a mesma composição ou se são diferentes, mas certamente têm texturas diferentes. Esperamos que as cores nos guiem também para algumas variações."
Uma montanha dentro de uma cratera
A Cratera Gale, anunciada como o destino do Curiosity em Julho de 2011, situa-se poucos graus para Sul do equador marciano. Embora a cratera tenha 154 km em diâmetro, o tamanho da Gale não é a sua característica mais interessante: é o Monte Sharp, a montanha gigante situada no centro da Gale.
Com 5,5 km de altura, tem quase o tamanho do Kilimanjaro. Os cientistas pensam que é o resto de um bloco muito maior que preencheu a Cratera Gale, embora não tenham a certeza de como se tenha formado.
"De uma só vez, temos estratos com 5 km de espessura," afirma John Grotzinger, líder da equipa científica do Curiosity, geólogo no Caltech em Pasadena, no estado americano da Califórnia. "Não há nada assim na Terra." Estas camadas preservam um registo da história de Marte com talvez mil milhões de anos ou mais. As sondas em órbita de Marte avistaram evidências de argilas e sulfatos perto da base do Monte Sharp, sugerindo que a base da montanha esteve em contacto com água líquida há muito tempo atrás.
Na Terra, a vida tende a prosperar na presença de água líquida. Por isso o Curiosity - cujo objectivo principal é determinar se Marte já foi capaz de suporta vida microbiana - vai provavelmente passar muito tempo estudando os flancos e a base da montanha.
Mas Grotzinger e a sua equipa esperam também mandar o rover de 2,5 mil milhões de dólares gentilmente subir as encostas da montanha. A cerca de 700 metros, o Curiosity alcança uma fronteira, deixando para trás os minerais hidratados e encontrando camadas que indicam tempos passados muito mais secos.
"Alguma coisa aconteceu em Marte, ficou seco, e é o que vemos hoje em dia," realça Grotzinger. "A questão é, que evento foi esse? O que é que o despoletou? O que aconteceu ambientalmente? Tenho esperanças que consigamos descobrir mais acerca deste Grande Evento de Dessecação."
A equipa do Curiosity começou uma longa série de diagnósticos com a duração de um mês para ter a certeza que o rover e todos os seus instrumentos científicos estão em boas condições. Mas mesmo que o rover esteja em condições para viajar, não irá directamente para o Monte Sharp.
Isto porque o local onde aterrou também é interessante. O Curiosity aterrou perto de um antigo leque fluvial, uma característica provavelmente criada por água que descia uma inclinação. Os dados recolhidos de órbita sugerem também que muitos depósitos em redor do rover podem ter sido formados na presença de água. Os cientistas estão por isso ansiosos em estudar seriamente a área em redor.
A missão principal do Curiosity tem a duração aproximada de dois anos terrestres, mas o rover a energia nuclear pode continuar a explorar durante muito mais tempo caso as suas peças principais não avariem. Longevidade é o factor-chave, porque pode durar algum tempo até desvendar os mistérios escondidos na Cratera Gale, e nas muitas camadas do Monte Sharp.
Este é o primeiro panorama a 360º a cores obtido pelo rover Curiosity em Marte.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS
Os quatro componentes de hardware que chegaram a Marte com o rover Curiosity, avistados pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Universidade do Arizona
O contexto geológico do local de aterragem do Curiosity, visto pelo instrumento HiRISE a bordo da sonda Mars Reconnaissance Orbiter. O Curiosity aterrou na zona 51.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Universidade do Arizona
O rover Curiosity da NASA capturou um magnífico postal do Planeta Vermelho - um panorama a 360º e a cores que fornece um olhar das redondezas coloridas e aparentemente diversas do veículo.
O Curiosity, também conhecido como MSL (Mars Science Laboratory), aterrou com sucesso em Marte na manhã de Segunda-feira, e já enviou imensas fotos, incluindo imagens a preto e branco e a cores da paisagem marciana e um auto-retrato. Numa conferência de imprensa que teve lugar ontem, a NASA anunciou imagens e um vídeo do primeiro panorama a cores do Curiosity, um mosaico obtido no terceiro dia em Marte, que os cientistas referem como Sol 3.
A vista panorâmica mostra a própria sombra do Curiosity reflectida na superfície marciana, com uma banda escura de dunas à distância, e o limite da Cratera Gale ainda mais longe. Mais perto e à direita, podem ser vistas zonas cinzentas onde os motores do guindaste aéreo remexeram o chão. A grua aérea ajudou o Curiosity a diminuir de velocidade enquanto viajava desde a atmosfera marciana até à superfície do planeta. O impacto das plumas dos motores levantou material da superfície, deixando estas cicatrizes que os cientistas estão agora ansiosos por investigar.
"Tem havido muita discussão e muita ansiedade em saber a composição das rochas e para usar o nosso laser," afirma Dawn Sumner, cientista do MSL e professora de geologia na Universidade da Califórnia.
O panorama a cores foi composto usando 130 imagens com 144x144 pixéis cada. Nos próximos dias os cientistas deverão receber imagens de mais alta resolução para constituir um melhor panorama, afirma Michael Malin, investigador principal do sistema de imagens do Curiosity, o Mastcam. A imagem panorâmica também mostra as cores reais de Marte, embora um pouco mais brilhantes. "É o que a câmara enviou de volta, apenas aumentei um pouco o brilho," afirma Malin. "É o que o filtro básico mostra quando olhamos para Marte."
Os controladores da missão estão agora a preparar um procedimento com a duração aproximada de 4 dias, para actualizar o software do Curiosity a partir da Terra. Espera-se que esta transição comece amanhã (11 de Agosto), e vai trocar o foco da aterragem do rover para a operação na superfície marciana.
No entanto, durante a actualização do software as operações científicas vão ficar em segundo plano. Assim que a actualização termine, os cientistas planeiam estudar as características coloridas realçadas no panorama a cores do Curiosity. "Estamos muito contentes por haver muitas coisas para estudar," afirma Sumner.
No que diz respeito às diferentes cores na foto - a aparência escura, quase azulada, do campo de dunas, a poeira escura, a poeira avermelhada de Marte, e os pequenos seixos com tons mais claros - os cientistas esperam que o Curiosity consiga responder se estas diferenças também indicam diferenças na composição. "Não sabemos se têm a mesma composição ou se são diferentes, mas certamente têm texturas diferentes. Esperamos que as cores nos guiem também para algumas variações."
Uma montanha dentro de uma cratera
A Cratera Gale, anunciada como o destino do Curiosity em Julho de 2011, situa-se poucos graus para Sul do equador marciano. Embora a cratera tenha 154 km em diâmetro, o tamanho da Gale não é a sua característica mais interessante: é o Monte Sharp, a montanha gigante situada no centro da Gale.
Com 5,5 km de altura, tem quase o tamanho do Kilimanjaro. Os cientistas pensam que é o resto de um bloco muito maior que preencheu a Cratera Gale, embora não tenham a certeza de como se tenha formado.
"De uma só vez, temos estratos com 5 km de espessura," afirma John Grotzinger, líder da equipa científica do Curiosity, geólogo no Caltech em Pasadena, no estado americano da Califórnia. "Não há nada assim na Terra." Estas camadas preservam um registo da história de Marte com talvez mil milhões de anos ou mais. As sondas em órbita de Marte avistaram evidências de argilas e sulfatos perto da base do Monte Sharp, sugerindo que a base da montanha esteve em contacto com água líquida há muito tempo atrás.
Na Terra, a vida tende a prosperar na presença de água líquida. Por isso o Curiosity - cujo objectivo principal é determinar se Marte já foi capaz de suporta vida microbiana - vai provavelmente passar muito tempo estudando os flancos e a base da montanha.
Mas Grotzinger e a sua equipa esperam também mandar o rover de 2,5 mil milhões de dólares gentilmente subir as encostas da montanha. A cerca de 700 metros, o Curiosity alcança uma fronteira, deixando para trás os minerais hidratados e encontrando camadas que indicam tempos passados muito mais secos.
"Alguma coisa aconteceu em Marte, ficou seco, e é o que vemos hoje em dia," realça Grotzinger. "A questão é, que evento foi esse? O que é que o despoletou? O que aconteceu ambientalmente? Tenho esperanças que consigamos descobrir mais acerca deste Grande Evento de Dessecação."
A equipa do Curiosity começou uma longa série de diagnósticos com a duração de um mês para ter a certeza que o rover e todos os seus instrumentos científicos estão em boas condições. Mas mesmo que o rover esteja em condições para viajar, não irá directamente para o Monte Sharp.
Isto porque o local onde aterrou também é interessante. O Curiosity aterrou perto de um antigo leque fluvial, uma característica provavelmente criada por água que descia uma inclinação. Os dados recolhidos de órbita sugerem também que muitos depósitos em redor do rover podem ter sido formados na presença de água. Os cientistas estão por isso ansiosos em estudar seriamente a área em redor.
A missão principal do Curiosity tem a duração aproximada de dois anos terrestres, mas o rover a energia nuclear pode continuar a explorar durante muito mais tempo caso as suas peças principais não avariem. Longevidade é o factor-chave, porque pode durar algum tempo até desvendar os mistérios escondidos na Cratera Gale, e nas muitas camadas do Monte Sharp.
Este é o primeiro panorama a 360º a cores obtido pelo rover Curiosity em Marte.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS
Este auto-retrato mostra o corpo do rover Curiosity. Para a esquerda está a traseira do veículo. Alguns detritos rochosos com cerca de 1 cm de tamanho, são visíveis em cima do corpo do rover.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Universidade do Arizona
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Universidade do Arizona
O rover Curiosity já enviou as primeiras imagens em alta resolução da cratera Gale em Marte. A foto em cima é apenas um segmento que eu selecionei. A versão completa podem vê-la a partir desta página.
A imagem foi captada pela Mastcam do rover e a sua versão completa é composta por 130 mosaicos com 1200×1200 pixeis cada. A que se encontra no sítio da NASA é uma versão composta pelos segmentos que o rover enviou até agora: 79. Daí as partes pretas. Mesmo assim, já foi possível criar uma imagem panorâmica espetacular com o material existente, vejam.
Existem duas versões: uma versão raw com as cores inalteradas (a NASA afirma que se estivéssemos lá com o nosso telemóvel ou camcorder as cores captadas seriam estas) e uma modificação por um processo chamado white balancing. Este simula a luminosidade terrestre sobre a paisagem marciana, o que ajuda os geólogos a distinguir as rochas pela cor a uma luz mais familiar.
mais imagens da Mastcam do Curiosity
Por último, a descoberta de placas tectónicas em Marte quando se pensava que no nosso Sistema Solar só existiam na Terra. Esta descoberta permitirá aos geólogos saber muito mais sobre o processo de formação de placas tectónicas.
Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/nasa/27918-como-foi-realizado-o-pouso-da-sonda-curiosity-em-marte-.htm#ixzz23MInPcN3
Fonte: Nasa e sites diversos (modificado)
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